Menores de idade causam transtornos e medo na região central

O grupo de jovens é visto diariamente nos arredores da Praça Veríssimo de Melo



População alerta que o grupo de jovens se concentra entre a Praça Veríssimo de Melo e a Rua Vereador Manoel Braga
Segurança pública vai muito além das instituições de proteção, é preciso uma avaliação social, econômica, cultural, entre outras, para se pensar em soluções que minimizem a violência. As instituições de segurança estão sempre alertando a população quanto ao envolvimento do cidadão pela segurança de todos.

"O que se tem vivenciado na região central é o total descaso das instituições de proteção à criança e ao adolescente. Há mais de um mês este grupo de menores de idade está aqui nos arredores da Praça Veríssimo de Melo criando situações adversas. A Polícia Militar, mesmo impedida de agir, já que as leis são favoráveis aos menores de idade, precisa estar se deslocando várias vezes ao local para resolver os problemas causados por este grupo. A dúvida é: onde está o Conselho Tutelar? Onde estão os responsáveis por estes jovens? Até quando vão permitir a violência que estes meninos estão trazendo a pessoas de bem que circulam na região?", Fernanda Viana, gerente de loja. 

O relato da funcionária de uma loja localizada no Centro é também a reclamação de diversas pessoas que circulam diariamente pela região central. Um grupo de jovens, entre eles menores de idade, tem coagido pessoas e também causado diversos transtornos, como brigas, e em alguns casos com agressões físicas, entre outros. A situação já chamou a atenção dos transeuntes que têm evitado passar pelos arredores da Praça Veríssimo e a Rua Vereador Manoel Braga.

"Como eu trabalho aqui no Centro e costumo fazer as coisas a pé, já sei que ali próximo ao Hortifruti até o banco Santander, não dá mais pra passar. Este grupo de jovens aborda, inicialmente pedindo dinheiro, se você diz que não tem, eles te coagem dizendo que o certo é roubar. Já aconteceu comigo mais de duas vezes, até eu mudar a minha rota. Além disso, eu já presenciei diversas vezes as confusões deles. Uma das vezes, o mais problemático do grupo, e que aparenta ser menor de idade, estava com um pedaço de ferro ameaçando uma pessoa. Da outra, ele estava com uma pedra enorme e a jogou, podendo acertar qualquer pessoa que passava pelo local. Ele grita, ameaça, briga, e agora, passou a pressionar idosos, acredito porque são mais fáceis de manipular, têm mais medo. A PM eu já vi diversas vezes vindo atender as brigas, mas eles não podem fazer nada, são menores e ficam livres", Juliana Ferreira, auxiliar de administração.

Em contato com a Polícia Militar, há alguns dias atrás sobre o problema, o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), coronel Marco Aurélio Vollmer, informou que os casos referentes aos menores de idade tratam-se muito mais de um problema social do que policial. Segundo o comandante, a polícia apreende muitos menores de idade, porém, o Estatuto da Criança e do Adolescente viabiliza para que eles retornem rapidamente às ruas, e com isso, continuam cometendo delitos. Ele acrescentou que no mês de agosto, a PM registrou apenas um caso de roubo na Praça Veríssimo de Melo e que não foi por adolescentes. 

Já a comunicação da Prefeitura de Macaé informou que é preciso entrar em contato com o próprio Conselho Tutelar. A nossa equipe tentou ligar para alguns dos números de telefone dos Conselhos de Macaé, mas não obtivemos sucesso. 
Autor: Ludmila Fernandes ludmila@odebateon.com.br
Foto: Wanderley Gil

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