Mulheres no cárcere: número de presas aumenta 66% e já faltam vagas no sistema penitenciário do Rio

 

Posted: 7th julho 2013 by Roberta Trindade in Sem categoria

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dj kevin daniel-mesquita

Nos últimos quatro anos, o número de mulheres presas no Estado do Rio de Janeiro teve um aumento de 66%. Enquanto em 2007 foram 1.071 prisões, no ano passado 1.776 mulheres foram para a cadeia. No mesmo período, a quantidade de homens nas penitenciárias passou de 21.363 para 30.068 – um acréscimo de 40%. Os dados são da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

E não são muito diferentes da realidade no restante do país. De acordo com o Ministério da Justiça, mais de 27 mil mulheres estão atrás das grades no Brasil e a cada ano a população carcerária feminina cresce 11% – enquanto o número de homens presos aumenta 4%. Com isso, a quantidade de mulheres presas já é maior que a capacidade das unidades prisionais destinadas a elas. No final de 2012, a população carcerária feminina excedente chegava a 14,2% do total de detentas – somente no Rio.

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Se antes as mulheres se aproximavam do crime apenas para usufruir do dinheiro e status que a posição de namorada/amante/mulher de determinado criminoso lhe propiciava, atualmente a participação feminina em delitos como tráfico de drogas, assaltos e até mesmo assassinatos tem sido mais ativa.

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Essa diferença no comportamento pode ser percebido nas redes sociais. Se antes elas posavam exibindo cabelos, unhas, jóias e roupas de marca, agora fazem questão de aparecer em fotografias empunhando armas e até mesmo usando drogas. E, sem qualquer inibição, fazem apologia a ações criminosas, curtem fotos de outros bandidos, compartilham mensagens em tons ameaçadores – a maioria contra policiais – e publicam mensagens em que deixam claro a conivência principalmente com traficantes.

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Identificando-se em seu perfil no Facebook como “Thaysa Lisboa” e se intitulando “patroa”, responde a uma mensagem do namorado – que se identifica como “Juninho da Silva” e teria envolvimento com o tráfico de drogas na Favela Cidade Alta, na Zona Norte do Rio – sobre um show do ImaginaSamba a que eles iriam, no último dia 29 de junho.

“leva meus lança emmmm … rsrs” – em referência à droga chamada lança perfume (também conhecida como “cheirinho da loló″). Com fabricação proibida no Brasil, o lança-perfume é um solvente inalante e quem usa, vende, fornece ou armazena está cometendo crime.

juninho da silva

Droga manufaturada com solventes químicos à base de cloreto de etila, o lança-perfume, quando chamado “cheirinho da loló″, é feito com uma combinação de éter, clorofórmio, álcool de cereais e/ou acetona e essência perfumada.

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A Lei 6.368/76 considera, em seu artigo 12, como criminosa a importação, fabricação, venda, transporte, guarda, consumo, dentre outros, de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

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Junta-se à ela a Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, que menciona como substâncias de uso proscrito no Brasil, além da cocaína, a maconha, a heroína, etc, também o cloreto de etila (lança-perfume), como psicotrópico, ou seja, substância que provoca alterações de funções mentais indesejáveis, ameaçando a saúde ou modificando o comportamento humano.

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Na foto de uma criança segurando um revólver, ao invés de mostrar-se indignada ou reprovar a cena, comenta: “ooooh trem balinha aii rs”, demonstrando concordar com a imagem.

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RELEMBRE
Não olha, nem mexe…

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