Macaé em guerra

 

 

MACAÉ - Moradores se revoltam após morte em operação da PM de Macaé

Moradores afirmam que homem foi morto por policiais durante tiroteio. Ponte da comunidade das Malvinas foi incendiada durante manifestação.

Moradores protestam pela morte do homem.
(Foto: Cristiano Moraes)

Moradores da comunidade das Malvinas, em Macaé, interior do estado do Rio de Janeiro, colocaram fogo em pedaços de paus, pedras e papelões na ponte de entrada da comunidade. A ação aconteceu depois que o corpo de um homem, identificado pela polícia como sendo Jackson Silva Andrade, de 25 anos, foi encontrado no manguezal, onde na manhã desta segunda-feira (22), policiais e bandidos trocaram tiros.

Moradores alegam que Jackson foi atingido e morto por policiais militares durante uma troca de tiros com traficantes. A comunidade está sendo ocupada por cerca de 60 policiais militares desde a semana passada. 

O comandante do 32º Batalhão de Macaé, tenente coronel Ramiro Campos, disse que o corpo foi encontrado pelos policiais militares após a troca de tiros. "Houve uma troca de tiros e encontramos o corpo no manguezal. O corpo foi recolhido e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Macaé. Jackson Silva Andrade  estava com um mandado de prisão em aberto, por um roubo cometido em Macaé, em 2011. Ele já esteve preso em Campos dos Goytacazes em duas ocasiões pelo mesmo crime", confirmou o comandante.

Manifestação em Macaé (Foto: Cristiano Moraes/Divulgação)Moradores interditaram a ponte da comunidade das Malvinas. (Foto: Cristiano Moraes)

Ramiro Campos declarou que os traficantes estão incitando a população a se revoltar contra a operação policial na comunidade. "Já recebi ligações de que dez corpos estão espalhados pela comunidade das Malvinas. E isso é ação de traficantes que estimulam a população a se revoltar contra o trabalho da polícia", comentou. 

O tenente coronel afirma que a ocupação da comunidade das Malvinas segue por tempo indeterminado. A assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que só vai se pronunciar sobre o caso após o registro da ocorrência na 123º delegacia de Macaé. 

Fonte G1

Malvinas: Polícia encontra paiol do tráfico de drogas
Material estava escondido em manguezal onde membros do crime organizado estão entrincheirados. Um suspeito foi morto

Em 23/07/2013 às 12h22

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Armas e munição foram encontradas pela Polícia Militar dentro de manguezal na Malvinas Armas e munição foram encontradas pela Polícia Militar dentro de manguezal na Malvinas

Depois de cinco dias da operação deflagrada na Malvinas, e de intenso trabalho com objetivo de recuperar a segurança e a tranquilidade na comunidade, a Polícia Militar, sob o trabalho organizado pelo comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Macaé, tenente-coronel Ramiro Campos, localizou ontem um paiol (esconderijo) com armas e munições pesadas, escondido na região do mangue onde membros do tráfico de drogas seguem entrincheirados desde a entrada do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), no último dia 18.

Além das armas, de uso exclusivo das Forças Armadas, incluído uma granada, o quinto dia da Operação "Cirúrgica" promovida pela PM resultou em uma baixa: a morte de um homem não identificado, porém, apontado pela polícia como suposto membro do crime organizado.

Através de denúncia anônima, a Polícia Militar foi informada sobre a existência do esconderijo das armas. Ao seguir para a região do manguezal, que divide as comunidades Malvinas e Ilha Leocádia, os soldados da PM foram recebidos a tiros.
Durante o confronto, um dos integrantes do grupo que atirava contra a polícia foi morto. De acordo com a PM, o suspeito foi identificado como Jackson Silva Andrade, 25 anos. Ele já esteve acautelado na Casa de Custódia Dalton de Castro e no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, ambos em Campos dos Goytacazes. Na 123ª Delegacia de Polícia, o suspeito também tinha registrada uma passagem por roubo. Um mandado de presião estava expedido em seu nome devido a um roubo realizado no Miramar. O corpo foi encaminhado na tarde de ontem para o Instituto Médico Legal (IML).

Durante a ação, um fuzil, quatro carregadores e uma grande quantidade de balas de diversos calibres foram apreendidos.

Todo o material foi encaminhado ontem para a 123ª Delegacia de Polícia de Macaé.
"Os nossos soldados foram recebidos a bala pelos traficantes. Durante a troca de tiros, um deles acabou sendo ferido mortalmente", explicou o tenente-coronel Ramiro Campos.
No local, onde estavam os bandidos, foram encontrados também celulares, rádios comunicadores e entorpecentes.
Durante todo o dia de ontem o clima era de guerra na região próximo à comunidade ocupada pela Polícia Militar, com apoio do BOPE.

Viaturas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros chamavam a atenção de quem passava pela rua Télio Barreto, que dá acesso às comunidades Botafogo e Malvinas.

A rotina dos moradores do local permanece alterada desde o dia da ocupação da Malvinas, que no ano passado recebeu uma unidade móvel da Polícia Militar, um dos focos do crime organizado no atual confronto.
Boatos sobre o confronto e mortes na comunidade se espalharam pela cidade.
De acordo com o comandante da Polícia Militar, a operação prossegue por tempo indeterminado.
"Vamos manter a operação na comunidade até que haja segurança para os moradores. Seguiremos por tempo indeterminado no combate ao tráfico de drogas", garantiu Ramiro.

Ao todo, 40 homens que foram deslocados dos Batalhões de Itaperuna, Campos dos Goytacazes e Santo Antônio de Pádua atuam na operação realizada pela PM na Malvinas.

Segundo o comando do 32º BPM, a fiscalização é mantida também em outros bairros e comunidades da cidade, áreas de interesse do tráfico de drogas em Macaé.

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