Moradores da Malvinas gritavam por Justiça!

Moradores da Malvinas gritavam por Justiça,acusações de que a Polícia Militar poderia ter matado o menor em represália a um fato anterior. No Hospital Público Municipal, um militar está internado e ainda não foi divulgado o estado atual do militar.
O jovem conhecido como Pablo foi estrangulador até a morte,no pescoço da vitima avia marcas roxa cometida pelo objeto que foi usado pela policia assim dito por moradores,o menor tinha 15 anos de idade,e vivia do trabalho de carroceiro para ajudar a familia cuja as condições não era tão boa assim.

Moradores do bairro Malvinas,Botafogo e sem terra atearam fogo com pedaços de madeira e pneus, interditando a Av. Gastão Henrique Schueller, de acesso à Virgem Santa, todos decidiram levar a carroça até a frente da prefeitura, percorrendo a pé parte da Rua Dr. Telio Barreto (Rua do Colégio), Tenente Coronel Amado e Avenida Presidente Sodré, onde teve fim a manifestação.

Assassinado durante a madrugada, o corpo de um menor de 15 anos que ganhava a vida fazendo frete para ajudar na renda da família, foi colocado na própria carroça, O movimento só acabou depois que os manifestantes atingiram o objetivo de deixar o corpo do menor exposto em cima da carroça, em frente à prefeitura e as versões são bastante divergentes quando as partes acusadas são questionadas.
De acordo com diversas declarações das pessoas que participaram da manifestação, a vítima foi encontrada com sinais de enforcamento, possivelmente por um fio de eletricidade enquanto ainda estava dormindo em sua residência. “Ele foi assassinado covardemente. Um menino tranquilo, trabalhador, que mesmo sendo novo, já ajudava a família, trabalhando com frete  na carroça. É revoltante esta situação. As autoridades não estão sabendo cumprir com o seu verdadeiro papel, que é o de proteger a população, e estão se voltando contra as pessoas erradas”, declarou um manifestante que pediu para não ser identificado.

Familiares e amigos da vítima apontaram, em protesto, que o crime teria sido cometido por policiais que teriam realizado uma incursão na comunidade. “Ele foi assassinado por policiais, isso é um absurdo. Eles entraram às 4h e só saíram da comunidade às 11h. A gente entende em parte o trabalho deles, que é invadir a favela em busca de traficantes, mas eles têm que respeitar os demais, porque nem todos são bandidos, muito pelo contrário, existem muitas pessoas de bem em meio a tanta maldade. Os policiais entram e não querem saber disso, agridem e xingam os moradores. É uma completa falta de respeito. Infelizmente é isso o que acontece”, falou com revolta um dos muitos moradores que acompanhou o grupo até chegar à prefeitura.

A mãe do menor também participou da manifestação e estava bastante abalada. Mesmo confortada pelas pessoas conhecidas que faziam parte do grupo, ela não respondeu as perguntas feitas pelos jornalistas que cobriram a manifestação que chamou a atenção da população. Boatos de que o comércio estaria fechando as portas também chegaram a circular pela região do Calçadão da Av. Rui Barbosa levando alguns comerciantes a fechar, mas logo em seguida a abrir algumas lojas. 

A manifestação foi acompanhada também pelo presidente da Associação de Moradores das Malvinas, conhecido como Juvenal, que esteve a todo momento ao lado da comunidade, inclusive fazendo a comunicação entre os moradores e a polícia. “Meu trabalho é apoiar a comunidade, e neste caso foi necessário, porque este é um assunto muito sério. A polícia entra no bairro todos os dias de maneira grosseira, e temos que aguentar isso. Já que as próprias autoridades do município não podem fazer nada pela gente, por que pedem voto? Essa é a única pergunta que tenho a fazer”, questionou o presidente da associação.

Uma outra moradora bastante alterada e indignada com o crime, também disse que a PM não tem respeito ao entrar na favela. “Muitas vezes eles falam que quando entram na comunidade são recebidos a tiros por traficantes, mas na verdade, eles é que chegam atirando, sem se preocupar com as pessoas de bem que vivem lá dentro. Os policiais agridem mulheres grávidas, crianças, simplesmente não respeitam ninguém”.
Ao ser questionado com relação às inúmeras denúncias contra a PM, o subcomandante do 32º Batalhão da Polícia Militar, Major Rodrigues, negou as acusações feitas pelos moradores. “O nosso trabalho é combater o tráfico de drogas na cidade. Não há nenhum tipo de informação sobre esta suposta forma violenta de atuação dos policiais nas comunidades. 

A PM não tem nada a ver com este assassinato. O que posso adiantar é que segundo a própria mãe do menor, o filho foi na casa de alguém cobrar uma dívida na noite da última quarta-feira (9), por volta das 23h e foi morto às 4h, sendo que a polícia só fez incursão na favela às 5h. Quanto às acusações, é claro que as pessoas vão colocar a culpa na polícia, até porque, esta é uma determinação dos próprios traficantes da localidade”, disse. 

Durante o protesto, a Avenida Presidente Sodré, conhecida como Rua da Praia, onde fica situada a sede da prefeitura, foi interditada por um forte contingente da Polícia Militar, complicando todo o trânsito no Centro da cidade. Foram mais de 15 viaturas da PM presentes para conter o tumulto, caso fosse necessário. O corpo do menor ficou exposto na carroça até a chegada do rabecão do Corpo de Bombeiros, que levou a vítima para o Instituto Médico Legal (IML).


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